
Setembro é considerado o Mês Mundial da Doença de Alzheimer, uma campanha internacional para promover a sensibilização da população e desafiar os estigmas que cercam a doença. Infelizmente, ainda não foi encontrada a sua cura, porém, é possível postergar o aparecimento dos sintomas com atividades que promovem a saúde da mente.
De acordo com estudos epidemiológicos, cerca de 7 a 15% dos idosos no Brasil são acometidos pela doença de Alzheimer, tipo mais comum de demência e é caracterizado pela perda ou redução progressiva das capacidades cognitivas, como atenção, memória, percepção, raciocínio e linguagem.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem algumas diretrizes para diminuição dos fatores de risco da doença, como a realização de atividades físicas regulares, adesão a uma dieta balanceada, boa qualidade do sono e prática de exercícios de estimulação cognitiva, que podemos chamar de ginástica para o cérebro.
A prática consiste na utilização de ferramentas e estratégias que estimulam a mente com base em três princípios: novidade, variedade e desafio crescente.
No Brasil, as pessoas podem exercitar o cérebro com um método específico para isso, no Método Supera, rede de escolas dedicadas a entregar um curso de ginástica para o cérebro que promove qualidade de vida e saúde a partir de uma metodologia baseada nos princípios da neurociência.
“A ginástica para o cérebro consolida as sinapses (conexões ou ligações entre os neurônios) e aumenta o fluxo sanguíneo, fazendo com que haja um crescimento na produção de proteínas da aprendizagem e rede neural”, explica Thaís Bento Lima, Gerontóloga parceira do SUPERA.
Ela complementa dizendo que a prática favorece ainda um processo chamado neurogênese, que se define como o nascimento de neurônios, deixando o cérebro mais resistente ao desenvolvimento de doenças neurológicas, como o Alzheimer.
Assim, a ginástica para o cérebro desenvolve e mantém habilidades cognitivas, como a memória, por exemplo, e posterga o aparecimento dos sintomas da doença, sem a necessidade de remédios e de maneira divertida e desafiadora.
Para isso os alunos fazem aulas semanais, com duração de duas horas, em salas com outros colegas da mesma faixa etária, o que ajuda a manter a vida social ativa.
Eles interagem com ferramentas como o ábaco (instrumento milenar para cálculos), jogos online e de tabuleiro, apostilas com exercícios, dinâmicas em grupo e neuróbicas, atividades que funcionam como uma verdadeira aeróbica para os neurônios.
A prática é indicada para alunos de todas as idades. Muitos alunos são adultos que têm familiares diagnosticados com a doença e querem se prevenir. Há também os que são idosos e tem por objetivo manter a mente ativa.
“Eu sentia necessidade de exercitar o cérebro, principalmente porque tenho caso de Alzheimer na família. O curso veio em boa hora, com minha aposentadoria. Percebi melhoras na memória, nas atividades do dia a dia, como lembrar onde guardei as coisas, horários de consultas médicos e outras tarefas”, afirma a aluna Maria Santana de Souza, 71 anos.
Por: Redação Jornal de Brasília
Em: https://jornaldebrasilia.com.br/saude/setembro-mes-do-alzheimer-previna-se-sem-remedios/